Oração Eucarística: o que é, quantas são e para que serve

oração eucarística

Neste artigo, exploraremos a Oração Eucarística, o momento central e mais sagrado da Missa Católica, onde o pão e o vinho se tornam o Corpo e Sangue de Cristo.

Descubra sua história, significado teológico e a riqueza espiritual que a torna a expressão máxima da fé cristã.

O que é Oração Eucarística?

O centro da santa missa é a oração eucarística e, por isso, vale a pena se aprofundar no tema.

A Oração Eucarística é uma parte central da liturgia da Missa Católica. É um momento sagrado em que o sacerdote oferece o pão e o vinho como corpo e sangue de Jesus Cristo. Durante essa oração, a Igreja expressa gratidão a Deus, recorda a paixão, morte e ressurreição de Cristo, e une-se à comunhão dos santos.

A Oração Eucarística tem uma estrutura fixa, mas pode haver variações, dependendo do rito litúrgico usado.

Seu objetivo é tornar presente o sacrifício de Jesus na cruz e transformar os dons oferecidos em seu corpo e sangue, para que os fiéis possam participar do banquete espiritual da Eucaristia, fortalecendo sua fé e comunhão com Cristo e a Igreja.

Para saber mais sobre o Cânon Romano (Oração Eucarística I), clique aqui e leia o artigo completo.

Quando surgiu a Oração Eucarística?

A Oração Eucarística tem raízes antigas na história da Igreja Cristã. Seu desenvolvimento ao longo dos séculos evoluiu a partir das primeiras celebrações da Eucaristia realizadas pelos apóstolos e primeiros cristãos no século I.

A forma específica da Oração Eucarística que é conhecida hoje na liturgia católica foi estabelecida gradualmente. Um marco importante foi o trabalho do Papa São Gregório Magno (540-604 d.C.), que organizou as principais partes da liturgia, incluindo a Oração Eucarística, no século VI.

Ao longo dos séculos seguintes, surgiram várias formas regionais, mas a estrutura fundamental permaneceu.

A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja Católica consolidou e padronizou a Oração Eucarística, preservando-a como um pilar essencial da Missa.

Para conhecer mais sobre a Oração Eucarística II, clique aqui e leia o artigo completo.

A modificação da Oração Eucarística no Concílio Vaticano II

No Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965, a Oração Eucarística passou por significativas modificações com o objetivo de tornar a liturgia mais acessível e compreensível aos fiéis.

Em relação à Oração Eucarística, houve uma redescoberta do sentido comunitário da Missa e um retorno às fontes bíblicas e patrísticas no Concílio Vaticano II. Além disso, foram introduzidas novas formas eucarísticas e permitida maior variedade na escolha das Orações Eucarísticas, antes restritas à primeira (Cânone Romano).

O documento “Sacrosanctum Concilium” trouxe diretrizes para a reforma litúrgica, enfatizando a participação ativa dos fiéis na celebração. 

As modificações buscaram promover uma participação mais consciente e significativa dos fiéis, enfatizando o caráter sacrifical e a dimensão de refeição espiritual da Eucaristia, mantendo a centralidade deste sacramento na vida da Igreja Católica.

Para saber mais sobre os documentos do Concílio Vaticano II, clique aqui e leia nosso artigo completo.

Quantas Orações Eucarísticas existem?

Com a reforma do Concílio Vaticano II, o número de orações eucarísticas aumentou. Veja o número completo abaixo:

No total, existem 14 Orações Eucarísticas aprovadas para uso na Austrália. Estas são: o cânon romano e outras três orações eucarísticas compostas em Roma; uma composta no Brasil, quatro orações eucarísticas para missas de várias necessidades; duas para missas de reconciliação; e três voltadas para missas com crianças.

Veja detalhes na lista abaixo:

  • Cânon Romano: é a primeira Oração Eucarística da Igreja Católica Romana, uma das mais antigas e reverenciadas. Saiba mais aqui.
  • Orações Eucarísticas II, III e IV: criadas em Roma em função da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II. Saiba mais sobre a OE II aqui.
  • Oração Eucarística V: criada no 9º Congresso Eucarístico do Brasil, em 1975.
  • 4 Orações Eucarísticas para várias necessidades: também conhecidas como a ‘Oração Eucarística Suíça’, aprovadas para uso em 1974. Cada uma dessas quatro Orações Eucarísticas possui preces e intercessões correspondentes para escolha.
  • 2 Orações Eucarísticas para missas de reconciliação: aprovadas em 1975 para o Ano Santo e para uso em celebrações com o tema de reconciliação e penitência, especialmente durante a Quaresma.
  • 3 Orações Eucarísticas para missas com crianças: aprovadas em 1974.

Vê-se que cada uma delas tem uma função específica e têm várias particularidades.

Oração Eucarística I (Cânon Romano)

O Cânon Romano, também conhecido como a primeira Oração Eucarística da Missa Católica, tem origem histórica nos primórdios do cristianismo.

Sua formulação remonta aos primeiros séculos da Igreja, quando a liturgia era moldada pela tradição oral e escrita dos apóstolos.

O Cânon Romano desenvolveu-se no contexto do Antigo Rito Romano, que era a liturgia predominante em Roma. Saiba mais sobre o cânon romano aqui.

Acredita-se que o Cânon Romano tenha sido sistematizado por volta do século IV e foi utilizado de maneira bastante uniforme ao longo da Idade Média. Durante esse período, a liturgia da Missa estava mais fixa e menos variável do que hoje.

O Cânon Romano passou por algumas modificações ao longo dos séculos, mas sua essência fundamental permaneceu intacta. 

Oração Eucarística II

A Oração Eucarística II, também conhecida como Anáfora de Santo Hipólito, é uma das Orações Eucarísticas aprovadas para uso na Missa Católica.

Sua origem remonta ao início do século III, atribuída a Santo Hipólito de Roma, um teólogo e mártir cristão. Essa oração tem um profundo valor histórico e litúrgico, pois preserva tradições antigas da Igreja primitiva.

Durante o Concílio Vaticano II, houve um esforço para redescobrir as antigas tradições e enriquecer a liturgia, e a Oração Eucarística II foi reintroduzida como parte da reforma litúrgica.

Essa é a oração eucarística mais utilizada nos dias de hoje por sua brevidade e por suas raízes remontarem ao século III. Saiba mais sobre a Oração Eucarística II aqui.

Oração Eucarística III

A Oração Eucarística III se diferencia das outras orações eucarísticas por seu texto mais amplo e elaborado, que traz mais detalhes sobre a história da salvação e faz uma síntese da vida de Jesus Cristo.

Elaborada pelo monge beneditino Cipriano Vagaggini, a Oração Eucarística III possui grande cultura bíblica e patrística.

Ela é muito similar à Oração Eucarística II, mas pode ser usada com qualquer Prefácio e é recomendada para ser usada nos domingos e festas

Oração Eucarística III

A Oração Eucarística IV é uma das orações eucarísticas presentes no Missal Romano, que é utilizado nas celebrações da Igreja Católica.

Elaborada pelo monge beneditino Cipriano Vagaggini, a Oração Eucarística IV é uma verdadeira nova composição do Rito Latino, pela essência do Concílio Vaticano II.

Ela tem características da Oração Eucarística II, porém, o texto é mais amplo e elaborado. É recomendada para os domingos do tempo comum.

Outras Orações Eucarísticas

Além das 4 orações eucarísticas mais comuns (o cânon romano e as outras 3 compostas em função do Concílio Vaticano II), ainda existem outras 10:

Oração Eucarística Brasileira (OE V)

A Oração Eucarística V foi criada durante o 9º Congresso Eucarístico Nacional do Brasil, realizado em 1975. Esse congresso tinha como objetivo aprofundar a devoção e compreensão da Eucaristia na vida da Igreja no país.

A criação dessa oração foi uma resposta às diretrizes do Concílio Vaticano II, que encorajou uma maior participação ativa dos fiéis na liturgia.

Orações Eucarísticas para várias necessidades (OE VI)

As 4 Orações Eucarísticas para Várias Necessidades, também conhecidas como a ‘Oração Eucarística Suíça’, foram aprovadas para uso em 1994, após o Concílio Vaticano II. No Brasil, é a oração eucarística VI (existindo a VI-A, VI-B, VI-C e VI-D).

Essas orações proporcionam uma maior flexibilidade e variedade na celebração da Eucaristia, permitindo que os celebrantes escolham apropriadas preces e intercessões de acordo com a ocasião ou tema específico da Missa.

Cada uma dessas quatro orações tem um foco temático diferente. A Oração Eucarística para Várias Necessidades e Ocasiões oferece uma rica diversidade de preces e intercessões que abrangem uma ampla gama de intenções, tornando-se adequada para diversas situações pastorais e litúrgicas.

Essas orações proporcionam uma maneira significativa de conectar a celebração eucarística com a vida e as necessidades da comunidade, tornando a Missa ainda mais relevante e significativa para os fiéis em diferentes contextos e circunstâncias.

Orações Eucarísticas de Reconciliação (OE VII e OE VIII)

As 2 Orações Eucarísticas para Missas de Reconciliação foram aprovadas em 1975, durante o Ano Santo. No Brasil, são as OE VII e OE VIII.

Essas orações foram criadas com um enfoque específico na temática da reconciliação e penitência, buscando proporcionar uma experiência litúrgica mais profunda e significativa para os fiéis durante o tempo da Quaresma e outras ocasiões de reflexão e conversão.

Essas orações enfatizam o perdão, a misericórdia e a reconciliação com Deus e com o próximo, refletindo o chamado à conversão e ao arrependimento que são fundamentais durante o período quaresmal.

Orações Eucarísticas para missas com crianças (OE IX, OE X e OE XI)

As 3 Orações Eucarísticas para Missas com Crianças foram aprovadas em 1974, como parte da reforma litúrgica após o Concílio Vaticano II. No Brasil, são as orações eucarísticas IX, I e XI

Essas orações foram criadas com um foco específico nas necessidades e compreensão das crianças durante a celebração da Eucaristia.

Elas foram elaboradas de maneira apropriada para a linguagem e a capacidade de entendimento das crianças, tornando a Missa mais acessível e significativa para elas.

Essas orações destacam elementos da fé cristã de maneira simples e cativante, buscando envolver as crianças na liturgia de forma mais ativa e participativa.

Com linguagem clara e imagens facilmente compreensíveis, essas Orações Eucarísticas tornam a experiência da Eucaristia mais significativa e enriquecedora para as crianças, incentivando-as a crescer em sua fé e amor a Deus.

Quando se deve rezar cada Oração Eucarística?

Segundo o blog Pílulas Litúrgicas (aqui), a orientação para rezar cada OE é a seguinte:

Quando rezar a Oração Eucarística I?

A OE I, o Cânon Romano, foi por muitos séculos a única anáfora do Rito Romano. Por isso a observação da IGMR: “sempre pode ser usada” (semper adhiberi potest). Saiba mais sobre ela aqui.

Uma vez que ela não possui Prefácio próprio, pode ser usada em todas as celebrações do Ano Litúrgico, quando se usam os prefácios de cada tempo (Advento, Natal, Quaresma, Páscoa, etc.). Porém, o n. 365 aponta quatro ocasiões em que é mais indicada:

a) “nos dias que a Oração Eucarística tem o Em comunhão próprio” (Communicantes): Natal e sua Oitava, Epifania do Senhor, Missa da Ceia do Senhor, da Vigília Pascal até o II Domingo da Páscoa, Ascensão do Senhor e Pentecostes;

b) “nas Missas enriquecidas com o Recebei, ó Pai próprio” (Hanc igitur): novamente a Missa da Ceia do Senhor e da Vigília Pascal até o II Domingo da Páscoa, além das Missas rituais (nos Escrutínios, do Batismo, da Confirmação, das Ordenações, do Matrimônio, da Bênção de Abade ou Abadessa, da Consagração das Virgens, da Profissão Religiosa Perpétua e da Dedicação de igreja).

c) “nas celebrações dos Apóstolos e dos Santos mencionados na mesma Oração”: o Cânon Romano menciona 40 santos (mais São José, inserido recentemente).

Quando rezar a Oração Eucarística II?

A OE II, inspirada no Cânon de Hipólito (séc. III), costuma ser a mais utilizada por sua brevidade. Contudo, justamente por isso, o n. 365 da IGMR deixa claro que ela “é mais apropriadamente usada nos dias de semana”;

Sobre o Prefácio, o texto continua: “Embora tenha Prefácio próprio, pode igualmente ser usada com outros Prefácios, sobretudo aqueles que de maneira sucinta apresentem o mistério da salvação, por exemplo, os Prefácios comuns”. Assim, é adequada em qualquer tempo litúrgico.

Por fim, menciona-se que esta Oração possui uma intercessão própria para Missas dos defuntos, sendo indicada, junto com a OE III, para as Missas exequiais ou Missas de sétimo dia. Saiba mais sobre a OE II aqui.

Quando rezar a Oração Eucarística III?

A OE III é indicada para os domingos junto com a OE I: “Dê-se preferência a ela nos domingos e nas festas”.

Assim como o Cânon Romano, a OE III não possui Prefácio próprio, sendo portanto adequada em qualquer tempo litúrgico. E, como a OE II, possui uma intercessão própria para Missas dos defuntos, sendo oportuna nas Missas exequiais ou de sétimo dia.

Além disso, é a única das OE principais que dedica um espaço para mencionar o santo do dia ou o padroeiro, sendo portanto indicada para as celebrações dos santos.

Quando rezar a Oração Eucarística IV?

Ao apresentar a OE IV, o n. 365 da IGMR indica já de início um dado importante: ela “possui um Prefácio imutável” (praefationem immutabilem habet). Portanto, não deve ser usada nas Missas que possuem Prefácio próprio.

Esta Oração “apresenta um resumo mais completo da história da salvação”. Assim, é indicada sobretudo para “os domingos do Tempo Comum”, uma vez que neste tempo litúrgico celebra-se o mistério de Cristo em sua totalidade.

Por fim, a IGMR adverte: “Não se pode inserir nesta Oração, devido à sua estrutura, uma fórmula especial por um fiel defunto”.

Quando rezar a Oração Eucarística V?

Não há nenhuma orientação oficial sobre quando usar preferencialmente esta OE.

Quando rezar a Oração Eucarística para diversas finalidades (OE VI)?

Essa oração eucarística, para diversas finalidades:

a) Possui prefácios próprios, ou seja, que não pode ser substituídos por outros;

b) Deve ser usada nas Missas para diversas necessidades. Por conseguinte, não deve ser usada nas celebrações do Ano Litúrgico;

c) Mesmo dentre as Missas para diversas circunstâncias, não deve ser usada naquelas que possuem prefácio próprio.

Na verdade o único formulário que possui prefácio próprio é Pela unidade dos cristãos, quando se usa o Prefácio “A Igreja, unidade do Corpo de Cristo”.

Outros oito formulários possuem a indicação de um prefácio à escolha. Assim, se usa o prefácio sugerido com a OE I, II ou III (que comportam outros prefácios) ou se usa a OE para diversas necessidades com o seu prefácio:

Os quatro modelos da OE e as respectivas Missas para diversas necessidades onde podem ser usados são (cf. Missal Romano, p. 839):

A: A Igreja a caminho da unidade (Ecclesia in viam unitatis progrediens): Pela Igreja (à escolha), Pelo Papa, Pelo Bispo, Para eleição do Papa ou Bispo, Por um Concílio ou Sínodo (à escolha), Pelos sacerdotes, Pelo próprio sacerdote, Pelos ministros da Igreja e Para uma reunião espiritual ou pastoral (à escolha);

B: Deus que conduz sua Igreja pelo caminho da salvação (Deus Ecclesiam suam in viam salutis conducens): Pela Igreja (à escolha), Pelas vocações sacerdotais, Pelos religiosos, Pelas vocações religiosas, Pelos cristãos leigos, Em ação de graças (à escolha), Para pedir a caridade, Pela família e Pelos parentes e amigos;

C: Jesus, caminho para o Pai (Iesus via ad Patrem): Pela evangelização dos povos, Pelos cristãos perseguidos, Pela pátria ou pela cidade, Pelos governantes, Pelo encontro de chefes de Estado, Pelo rei ou chefe de Estado, Pelo progresso dos povos e No início do ano civil;

D: Jesus que passa fazendo o bem (Iesus pertransiens benefaciendo): Em tempo de fome ou pelos que passam fome, Pelos refugiados e exilados, Pelos submetidos ao cativeiro, Pelos prisioneiros, Pelos doentes, Pelos agonizantes, Em qualquer necessidade, Pelos que nos afligem e Para pedir uma boa morte (à escolha).

Quando rezar as Orações Eucarísticas de Reconciliação (OE VII e OE VIII)?

Numeradas como VI e VIII no Brasil, sobre estas duas OE não há nenhuma orientação no atual Missal Romano (2ª edição). Na 3ª edição típica encontramos as orientações sobre quando podem ser usadas:

a) Nas Missas para diversas necessidades: Para promover a concórdia, Pela reconciliação, Pela conservação da paz e da justiça, Pelo perdão dos pecados e Para pedir a caridade;

b) Nas Missas votivas: da Santa Cruz, da Santíssima Eucaristia e do Preciosíssimo Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo;

b) No Tempo da Quaresma, particularmente nos dias de semana.

Embora as duas OE sobre a Reconciliação possuam Prefácio próprio, podem ser rezadas com outros prefácios, sobretudo no último caso acima (quando podem tomar-se os Prefácios da Quaresma).

Quando rezar as Orações Eucarísticas para Crianças (OE IX, OE X e OE XI)?

Por fim, temos as OE para Missas com crianças, numeradas como IX, X e XI no Brasil. Seu uso é bem mais delimitado que as anteriores, como indica a 3ª edição típica do Missal: estão estritamente circunscritas (stricte circumscribitur) às Missas com crianças.

Não se trata, porém, de qualquer celebração em que estejam presentes crianças, mas sim nas Missas em que a maior parte da assembleia seja constituída por elas (in quibus maior pars participantium ab ipsis constituitur).

Há ainda a questão da idade. O Missal delimita o que se entende por crianças: aqueles que ainda não atingiram a idade da pré-adolescência (qui aetatem praeadulescentiae nondum inierunt).

Portanto, as OE para Missas com crianças só poderiam ser utilizadas em uma celebração cuja maior parte da assembleia seja formada por crianças, algo bem específico.

Quais são as partes da Oração Eucarística?

A oração eucarística possui diversas partes, cada uma com uma função diferente. Confira:

  1. Diálogo de Abertura: É o início da Oração Eucarística, com o sacerdote convidando os fiéis a se unirem em oração e elevarem seus corações a Deus.
  2. Prefácio: É uma parte de louvor e ação de graças, variando conforme o tempo litúrgico ou ocasião especial.
  3. Sanctus (Santo): É um hino de louvor inspirado em Isaías 6:3, proclamado pelos fiéis e coroando o Prefácio.
  4. Oração Consecratória: É o momento central em que o sacerdote, seguindo as palavras de Jesus na última ceia, consagra o pão e o vinho, tornando-os o Corpo e Sangue de Cristo.
  5. Anamnese: É a lembrança do mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo.
  6. Epiclese: É a invocação do Espírito Santo sobre os dons consagrados e a assembleia.
  7. Intercessões: São as orações pelos vivos e pelos mortos, pedindo por graças e bênçãos para a Igreja e o mundo.
  8. Doxologia Final: É a conclusão da Oração Eucarística, glorificando a Santíssima Trindade.

Qual é a Oração Eucrística mais comum?

Sua simplicidade, brevidade e herança histórica tornam a Oração Eucarística II uma opção amplamente utilizada na celebração da Eucaristia.

A Oração Eucarística II é considerada a mais comum na liturgia católica. Ela é mais breve em comparação com outras Orações Eucarísticas, tornando-se uma escolha prática para celebrações com tempo limitado ou em determinadas circunstâncias pastorais.

Sua brevidade permite que seja mais facilmente memorizada pelos sacerdotes e celebrada com fluidez.

Além disso, a Oração Eucarística II possui raízes antigas na tradição cristã, remontando ao Anáfora de Santo Hipólito, datada do início do século III.

Essa conexão com a tradição mais antiga da Igreja lhe confere um valor histórico e litúrgico significativo, sendo uma maneira de manter viva a herança espiritual da comunidade cristã ao longo dos séculos.

Qual é a Oração Eucarística mais curta?

Quando se pensa em brevidade, fica claro que uma das orações eucarísticas é menor do que as outras.

A Oração Eucarística II, também conhecida como Anáfora de Santo Hipólito, é reconhecida por ser a mais curta entre as Orações Eucarísticas da Missa Católica. Sua brevidade a torna uma opção prática para diversas situações litúrgicas.

Essa simplicidade é apreciada por permitir que a celebração da Eucaristia seja mais ágil e acessível, especialmente em comunidades com pouco tempo disponível ou em celebrações com maior número de fiéis.

Apesar de sua concisão, a Oração Eucarística II mantém sua profundidade teológica e sua conexão com a tradição cristã primitiva, remontando ao início do século III.

Por que católicos tradicionalistas são contra a existência de várias Orações Eucarísticas?

De fato, o Missal Romano contém várias fórmulas de Orações Eucarísticas desde o Concílio Vaticano II.

Os católicos tradicionalistas são contra a existência de várias Orações Eucarísticas por acreditarem que a diversidade litúrgica prejudica a unidade da Igreja. Além disso, os católicos tradicionalistas acreditam que a Missa Nova e a Reforma Litúrgica, que ocorreram após o Concílio Vaticano II, foram responsáveis por mudanças que prejudicaram a liturgia católica.

Eles defendem que a Igreja Católica deve ter um só e mesmo sacrifício da Missa, celebrado em uma grande variedade de ritos orientais e latinos, todos eles sendo expressões diferentes do mesmo culto católico prestado a Deus.

Eles criticam, por exemplo, a desaparição da oração de São Miguel ao fim da missa e outras mudanças que ocorreram.

Perguntas sobre Oração Eucarística

Veja algumas perguntas comuns a respeito dessa parte tão importante da missa.

Como é escolhida a Oração Eucarística?

A escolha da Oração Eucarística é determinada pelo sacerdote celebrante, seguindo as normas litúrgicas da Igreja e considerando o tempo litúrgico, a ocasião ou as necessidades pastorais da comunidade.

O que é rito eucarístico?

O rito eucarístico é a parte central da Missa, que inclui a consagração do pão e do vinho, tornando-os o Corpo e Sangue de Cristo, seguido pela comunhão dos fiéis.

Quando termina a oração eucarística?

A Oração Eucarística termina com a doxologia final, quando o sacerdote diz: “Por Cristo, com Cristo, em Cristo…”, culminando na grande aclamação do “Amém” pela assembleia.

Por que ficar de joelhos durante a Oração Eucarística?

Ficar de joelhos durante a Oração Eucarística é um gesto de profunda reverência e adoração à presença real de Cristo no sacramento da Eucaristia.

O que se fala quando o padre levanta o cálice?

Quando o padre levanta o cálice, ele diz: “Eis o mistério da fé”, e a assembleia responde com uma das aclamações do “Mistério da fé”, proclamando a morte e ressurreição de Cristo.

Por que o padre coloca um pedacinho da hóstia no vinho?

O padre coloca um pedacinho da hóstia no vinho durante a Oração Eucarística como um gesto simbólico, representando a união da natureza humana e divina de Cristo na Eucaristia.

Por que o padre molha a hóstia?

O padre molha a hóstia no vinho para assegurar que até mesmo a menor partícula da Eucaristia contenha o Corpo e o Sangue de Cristo, garantindo a plenitude da presença eucarística em cada partícula consagrada.

Qual é o vinho que o padre toma?

O vinho que o padre toma durante a celebração da Eucaristia é o mesmo vinho que foi consagrado e se tornou o Sangue de Cristo durante a Oração Eucarística. Pode ser qualquer tipo de vinho.

Vítor Costa

Doutor em Química pela UFRJ. Copywriter e redator de conteúdo especializado em finanças e negócios. Dono do Portal Odisseu e do Podcast do Vítor. Amante de filosofia, literatura e psicologia.

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